Nesta quinta-feira (9), a partir das 16 horas, a Academia Brasileira de Letras (ABL) elegerá o maranhense Ferreira Gullar – pseudônimo de José Ribamar Ferreira – o seu mais novo imortal, para a cadeira 37, antes ocupada pelo poeta e tradutor Ivan Junqueira, morto no último dia 3 de julho.
Poeta, crítico de arte, dramaturgo, biógrafo, memorialista e ensaísta brasileiro, tradutor e um dos fundadores do neoconcretismo, Gullar é favorito absoluto e deve ser, merecidamente, o mais votado dos últimos anos. Ele vem recebendo convites para se candidatar há mais de 20 anos, portanto seu lugar está bem guardado.
Os outros candidatos À ABL são desconhecidos pela maioria dos acadêmicos e têm poucas chances de obter votos. São eles José William Vavruk, que já competiu pela vaga do ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, em 2013; José Roberto Guedes de Oliveira, escritor e historiador; e o poeta Ademir Barbosa Júnior.
Os ocupantes anteriores da cadeira 37 foram Silva Ramos, fundador – que escolheu como patrono o poeta Tomás Antônio Gonzaga –, Alcântara Machado, Getúlio Vargas, Assis Chateaubriand e João Cabral de Melo Neto.
Ferreira Gullar nasceu em São Luís, em 10 de setembro de 1930. Publicou seu primeiro livro, ‘Um pouco acima do chão’, aos 19 anos de idade. Dentre suas principais obras, estão ‘A luta corporal’, ‘Dentro da noite veloz’, ‘Poema sujo’ e ‘Na vertigem do dia’. Seu mais recente é ‘Em alguma parte alguma’, que ganhou o prêmio Jabuti de livro do ano em 2011.
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Carlos Alfredo Ferreira